C.A.L. #1 (WE, 2014)

(fotografias de Rui Dias Monteiro e de Edgar Libório - CMO)


painel de 6 telas (120x80cm cada); algodão-não-preparado engradado, cal, pigmento; 2014

para ver as telas individualizadas, siga este link

C.A.L. #2 (WE, 2014)


(fotografias de Edgar Libório - CMO e de Rui Dias Monteiro)



painel de 3 telas (140x140cm cada); algodão-não-preparado engradado, cal, pigmento; 2014

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WE(st) (WE, 2014)



(fotografias de Rui Aleixo, Edgar Libório - CMO e Hugo Cunha)

20 telas agrupadas em 10 módulos independentes (5x8m); lona engradada, cal, pigmento, carvão vegetal para churrasco, madeira; 2014 

#1 (100x105cm); #2 (125x115cm); #3 (115x200cm); #4 (140x80cm); #5 (120x170cm); #6 (140x100cm); #7 (140x170cm); #8 (140x100cm); #9 (140x120cm); #10 (100x110cm)

para ver os módulos de WE(st) separados, siga este link

Partindo do mapa e dos períodos de construção do centro histórico de Óbidos, a forte componente cromática das telas não resulta de um acaso ou de uma composição decorativa, mas de uma correspondência visual com as transformações emblemáticas e históricas da estrutura da vila. A forma resultante aparece exclusivamente veiculada pela ideia e pela sua concretização. Inscrita na parede, a carvão, uma escala e a indicação do ponto cardeal Oeste são os únicos elementos que sugerem o referente – a simplificação formal do mapa dá-lhe uma leitura mais abstracta do que figurativa.

Sem título (6 baldes de cor) (WE, 2014)

(fotografia de Rui Dias Monteiro)


instalação de 6 baldes (dimensões variáveis); 6 baldes, fio do norte, pigmento, água, cal; 2014

Esta instalação faz parte do espaço cénico da performance A moleira



Cipreste (WE, 2014)


(fotografia de Hugo Cunha)

escultura exterior (cerca de 300x70x80cm); madeira, varão de ferro nervurado de 8mm, corda, parafusos e porcas de rosca; 2014

feitos de um conjunto de restos de mobiliário encontrado nos despojos urbanos do município de Óbidos, os planos bidimensionais são justapostos a uma certa distância como num cenário barroco

Nota: esta instalação teve a duração da exposição WE

Rosa (WE, 2014)

 (fotografia de Maria Lopes)
(fotografias de Edgar Libório - CMO)

tela instalada a 20 cm da parede (cerca de 212x200cm); algodão-não-preparado engradado, cal, varão de ferro nervurado de 8mm, fio de pesca; 2014


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ROSA é uma tela engradada, quadrada, branca, caiada. “A matéria da pintura constrói-se unicamente pela sobreposição de camadas de cal. A tela é instalada a uma distância da parede, e é pendurada [por um dos vértices, sofrendo uma rotação] na diagonal. (...) O afastamento da parede procura proporcionar subtis variações da sua apreensão, quer pela rotação parcial, quer pela luz posterior que se poderá revelar na transparência da tela, ou ainda pela luz rasante que acentuará a brancura da cal e a textura da superfície caiada.” [1]

[1] Rui Aleixo, in Carta de intenções de 4 de Fevereiro de 2014



Facho (WE, 2014)

(fotografias de Edgar Libório - CMO, Rui Dias Monteiro e Hugo Cunha)


instalação (dimensões variáveis); garrafão de vidro, água, azeite, fio de nylon, madeira; 2014

WALL #2 (desinstalação) (WE, 2014)


(fotografias de Rui Dias Monteiro)

862 postais (18,6x14cm cada); massa adesiva, banco e caixa de madeira; 2014

À entrada da galeria encontra-se WALL #2 (desinstalação), um mural composto por postais – à semelhança de WALL #1 (desinstalação), de 2011 – instalado em duas paredes perpendiculares entre si. A “imagem original” encontra-se na parede da esquerda e a imagem espelhada (girada em torno de um eixo vertical) na parede do lado direito. Esta imagem surge a partir da simplificação tonal da tela rectangular da autoria de Josefa de Óbidos que encima o retábulo de Santa Catarina de Alexandria (1641) da Igreja de Santa Maria. Cada um dos 13 tons foi “traduzido” por um postal que retrata a textura de uma parede caiada.

“Mais do que o mural resultante da justaposição de postais – individualizados no reverso – a acção da instalação (por parte do artista) e a sucessiva desinstalação (por parte do visitante) são a imagem resultante em WALL”.[2] A forma reticulada sofre constante transformação desde o começo da acção de instalação até que dela reste apenas a sua memória e documentação. “Este projecto funciona como uma máquina em que todas as engrenagens são visíveis. É um convite à simetria entre acção e reacção através da participação activa de quem visita.” [3] O visitante pode escolher as parcelas (postais) que deseja retirar da parede, actuando assim sobre a imagem inicial – a que encontra ao entrar na galeria – e participando na construção de uma nova imagem – a que deixa ao sair da galeria – que incluirá uma nova porção de parede nua.

[2] Rui Aleixo, para Experimenta Design 2011