Estúdio (WE, 2014)

(fotografias de Carlos Antunes e Rui Dias Monteiro)
(fotografias de Hugo Cunha)



materiais diversos utilizados durante preparação de WE

Neste mezanino é informalmente apresentado o processo criativo e de investigação do projecto WE. 
Aqui decorre igualmente o T time, uma taça de chá oferecida a quem encontra o artista na galeria.

Nota: T time não é uma performance.

A moleira (WE, 2014)

(fotografias de Carlos Costa)

A performance aconteceu no dia 17 de Maio de 2014. Partindo da história “A bela moleira”, musicada por Schubert, constrói-se uma nova história contada por um narrador e duas leitoras convidadas e pela acção imagética e sonora que o próprio artista vai executando no espaço (patamar performativo). É uma acção que integra o espaço da galeria e usa os objectos/materiais que habitam o espaço como cenário e personagens da própria história e acção dramática. O público pode percorrer o espaço durante a performance. A duração total é de 30m.

C.A.L. #1 (WE, 2014)

(fotografias de Rui Dias Monteiro e de Edgar Libório - CMO)


painel de 6 telas (120x80cm cada); algodão-não-preparado engradado, cal, pigmento; 2014

para ver as telas individualizadas, siga este link

C.A.L. #2 (WE, 2014)


(fotografias de Edgar Libório - CMO e de Rui Dias Monteiro)



painel de 3 telas (140x140cm cada); algodão-não-preparado engradado, cal, pigmento; 2014

para ver as telas individualizadas, siga este link

WE(st) (WE, 2014)



(fotografias de Rui Aleixo, Edgar Libório - CMO e Hugo Cunha)

20 telas agrupadas em 10 módulos independentes (5x8m); lona engradada, cal, pigmento, carvão vegetal para churrasco, madeira; 2014 

#1 (100x105cm); #2 (125x115cm); #3 (115x200cm); #4 (140x80cm); #5 (120x170cm); #6 (140x100cm); #7 (140x170cm); #8 (140x100cm); #9 (140x120cm); #10 (100x110cm)

para ver os módulos de WE(st) separados, siga este link

Partindo do mapa e dos períodos de construção do centro histórico de Óbidos, a forte componente cromática das telas não resulta de um acaso ou de uma composição decorativa, mas de uma correspondência visual com as transformações emblemáticas e históricas da estrutura da vila. A forma resultante aparece exclusivamente veiculada pela ideia e pela sua concretização. Inscrita na parede, a carvão, uma escala e a indicação do ponto cardeal Oeste são os únicos elementos que sugerem o referente – a simplificação formal do mapa dá-lhe uma leitura mais abstracta do que figurativa.

Sem título (6 baldes de cor) (WE, 2014)

(fotografia de Rui Dias Monteiro)


instalação de 6 baldes (dimensões variáveis); 6 baldes, fio do norte, pigmento, água, cal; 2014

Esta instalação faz parte do espaço cénico da performance A moleira



Cipreste (WE, 2014)


(fotografia de Hugo Cunha)

escultura exterior (cerca de 300x70x80cm); madeira, varão de ferro nervurado de 8mm, corda, parafusos e porcas de rosca; 2014

feitos de um conjunto de restos de mobiliário encontrado nos despojos urbanos do município de Óbidos, os planos bidimensionais são justapostos a uma certa distância como num cenário barroco

Nota: esta instalação teve a duração da exposição WE

Rosa (WE, 2014)

 (fotografia de Maria Lopes)
(fotografias de Edgar Libório - CMO)

tela instalada a 20 cm da parede (cerca de 212x200cm); algodão-não-preparado engradado, cal, varão de ferro nervurado de 8mm, fio de pesca; 2014


para ver mais sobre este trabalho, siga este link

ROSA é uma tela engradada, quadrada, branca, caiada. “A matéria da pintura constrói-se unicamente pela sobreposição de camadas de cal. A tela é instalada a uma distância da parede, e é pendurada [por um dos vértices, sofrendo uma rotação] na diagonal. (...) O afastamento da parede procura proporcionar subtis variações da sua apreensão, quer pela rotação parcial, quer pela luz posterior que se poderá revelar na transparência da tela, ou ainda pela luz rasante que acentuará a brancura da cal e a textura da superfície caiada.” [1]

[1] Rui Aleixo, in Carta de intenções de 4 de Fevereiro de 2014



Facho (WE, 2014)

(fotografias de Edgar Libório - CMO, Rui Dias Monteiro e Hugo Cunha)


instalação (dimensões variáveis); garrafão de vidro, água, azeite, fio de nylon, madeira; 2014

WALL #2 (desinstalação) (WE, 2014)


(fotografias de Rui Dias Monteiro)

862 postais (18,6x14cm cada); massa adesiva, banco e caixa de madeira; 2014

À entrada da galeria encontra-se WALL #2 (desinstalação), um mural composto por postais – à semelhança de WALL #1 (desinstalação), de 2011 – instalado em duas paredes perpendiculares entre si. A “imagem original” encontra-se na parede da esquerda e a imagem espelhada (girada em torno de um eixo vertical) na parede do lado direito. Esta imagem surge a partir da simplificação tonal da tela rectangular da autoria de Josefa de Óbidos que encima o retábulo de Santa Catarina de Alexandria (1641) da Igreja de Santa Maria. Cada um dos 13 tons foi “traduzido” por um postal que retrata a textura de uma parede caiada.

“Mais do que o mural resultante da justaposição de postais – individualizados no reverso – a acção da instalação (por parte do artista) e a sucessiva desinstalação (por parte do visitante) são a imagem resultante em WALL”.[2] A forma reticulada sofre constante transformação desde o começo da acção de instalação até que dela reste apenas a sua memória e documentação. “Este projecto funciona como uma máquina em que todas as engrenagens são visíveis. É um convite à simetria entre acção e reacção através da participação activa de quem visita.” [3] O visitante pode escolher as parcelas (postais) que deseja retirar da parede, actuando assim sobre a imagem inicial – a que encontra ao entrar na galeria – e participando na construção de uma nova imagem – a que deixa ao sair da galeria – que incluirá uma nova porção de parede nua.

[2] Rui Aleixo, para Experimenta Design 2011

As Cores do Céu (WE, 2014)

(fotografias de Edgar Libório e de Maria Lopes)

instalação; carvão vegetal para churrasco sobre parede (212x374cm), tinta acrílica sobre vidraça (183x92cm); 2014

A partir do texto homónimo de Johann Wolfgang Goethe (2 de Fevereiro de 1818), com tradução para português de João Barrento

“ Estão em relação directa com as condições meteorológicas.
É importante levar em conta a experiência seguinte, porque ela constitui a base de todas as manifestações cromáticas que se podem observar na atmosfera.
Um vidro fumado contra um fundo escuro, mas iluminado de frente, aparece com a cor azulada, quanto menos fumado tanto mais azul, e o menos fumado de todos tem a cor violeta. Pelo contrário, contra a luz, o mesmo vidro fica com cor amarela, se for mais opaco a cor é avermelhada, e por fim o próprio sol pode ver-se de cor vermelho-rubi.
O ar, que contém humidade mesmo que esteja muito limpo, deve considerar-se sempre como um elemento opaco, razão pela qual o céu em frente do Sol e à sua volta aparece azul, pois a obscuridade do universo actua ainda através do filtro atmosférico. É por isso também que os montes, a pouca distância, nos parecem de um azul mais escuro do que a uma distância maior.
Nas montanhas mais altas, devido à pureza da atmosfera, o ar parece mais azul, derivando por fim para o avermelhado; nas terras baixas, como a concentração e opacidade do ar é maior, o azul torna-se cada vez mais pálido, acabando por desaparecer e se tornar branco.
O sol e o espaço claro à sua volta, vistos através de uma atmosfera saturada de vapores, têm uma cor entre vermelho-amarelado e vermelho. Antes do nascer do sol e depois de ele se pôr, quando o sol brilha através dos fortes vapores do horizonte, ele ilumina as nuvens com uma luz amarela ou avermelhada.
No caso do fumo de altitude (smog), o sol tem uma cor vermelho-sangue, como que visto através de um vidro muito opaco.”

patamar performativo (WE, 2014)

(fotografias de Carlos Antunes)
patamar performativo, depois da realização da performance 

(fotografias de Edgar Libório - CMO) 
materiais diversos instalados para a performance A moleira

Este piso intermédio funciona como espaço cénico da performance A moleira realizadas a partir da história musicada por Schubert “Die Schöne Müllerin” (A bela moleira). 
A sala é um estaleiro criativo que poderá sofrer transformações sempre que o artista o considerar necessário.

(fotografia de Maria Lopes)
camisa que irá ser usada durante a performance A moleira


(fotografias de Rui Dias Monteiro)

preparação do espaço cénico da performance A Moleira

WE, 2014: exposição individual de Rui Aleixo

galeria NovaOgiva, Óbidos, de 22 de Fevereiro a 18 de Maio de 2014

(fotografias de Rui Dias Monteiro)

Link para o evento no facebook
Link para a notícia em Óbidos diário
Link para o blog de Rui Dias Monteiro
Link para o video com um percurso pela exposição