Chapa IV, V, VI e VII, 2018

Chapa IV e Chapa VI
250x165x1mm (chapa); verniz sobre cobre polido e oxidado e nogueira americana; 2018
colecção particular

Chapa VII (polaroid)
250x165x1mm (chapa); verniz sobre cobre polido e oxidado e nogueira americana; 2018
colecção particular

Chapa V (cinco)
333x250x1mm (chapa); verniz sobre cobre polido e oxidado e pau rosa; 2018
colecção particular

Exposição Eikon

Eikon
15 setembro > 20 outubro 2018
Galeria Diferença



Eikon, palavra grega na origem do nome ícone, é o pano de fundo desta exposição, onde Rui Aleixo procurou cruzar a tradição e a influência iconográfica do oriente com o seu próprio trabalho. A totalidade dos livros do acervo da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian – obras referentes à arte do ícone – foi a fonte de inspiração para a criação destes novos trabalhos.

Iconostaseé um painel de grande escala formado por módulos autónomos. A instalação destas pinturas em painel forma uma espécie de mosaico de características novas no trabalho do artista, tanto pelo seu lado mais barroco, como pelo recurso à figuração e a formas mais padronizadas e gráficas, quase pop. O artista assumiu a herança estética e formal do íconereligioso, seleccionando e isolando os seus elementos, formas e características plásticas e esvaziando-o da sua função devocional e religiosa. Estes “novos ícones” surgem agora num espaço sagrado diferente, uma galeria de arte desenhada por um grande arquitecto modernista português.

Nas restantes obras, a abordagem é abstratizante ou mesmo geometrizada. Na série de Chapas, Rui Aleixo deu seguimento a uma experiência formal iniciada na exposição Plinto. A oxidação parcial do cobre cria o desenho de cada uma das peças. Os Dípticos são esculturas-pictóricas ou pinturas-escultóricas, instalações à escala do corpo humano. O desenho de cada uma das peças revela as características plásticas do suporte em três variantes.

Outras duas séries de obras completam a exposição. O Quartetoé formado por quatro pinturas que funcionam como variações de um tema, num equilíbrio formal de inspiração construtivista. O desenho de cada composição resulta de uma sobreposição da síntese geométrica de vários ícones-busto da escola russa. O Trioé constituído por três trípticos onde um suporte menos nobre convive com um pigmento vibrante e com folha de ouro. São pinturas pluriformes, isto é, concebidas para revelar várias “imagens”, dependendo do fechamento ou da abertura total ou parcial de cada uma das partes laterais do tríptico.


Nota biográfica

Rui Aleixo expõe regularmente, a título individual ou em mostras colectivas, e desenvolveu igualmente projectos de parceria e co-autoria, nomeadamente Transitionna Kunsthause de Hamburgo em 2013 – parceria  com a artista Valeska Schulz – e GENEALOGIA 1012/2015na Incubadora de Artistas/Galeria Cossoul, Lisboa 2015 – Colectivo ERRE (Rui Aleixo e Rui Dias Monteiro).  Este ano apresentou obras de escultura e instalação em Plinto, no Museu Geológico de Lisboa. Outros projectos que marcaram o seu percurso ocorreram em 2014: WE, na galeria novaOgiva (Óbidos), foi a sua primeira exposição individual e CAL, na Galeria Diferença, foi a primeira apresentação do seu trabalho neste espaço.

Rui Aleixo frequentou a Faculdade de Arquitectura (UL) antes de estudar pintura no Ar.Co. Na mesma escola frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas e o Projecto Individual no departamento de escultura. É igualmente músico profissional, tendo concluído o curso de Canto do Conservatório Nacional e da Escola Superior de Música de Lisboa.

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Exposição PLINTO

fotografias de Hugo Rodrigues Cunha
maio 2018, Museu Geológico, Lisboa